RESISTÊNCIA EM TEMPOS DE DESMONTE DO SUS

Abstract

A PSICOLOGIA SEGUE EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA O dia 18 de maio de 2018 delimita os 30 anos do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, marco histórico dos Movimentos de Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica Brasileira na defesa intransigente da transformação do modelo assistencial em saúde mental iniciado no final da década de 1980. Deslocou-se a centralidade dos cuidados em saúde mental dos hospitais psiquiátricos para os então serviços substitutivos, que ao longo de três décadas se ampliaram, complexificaram e se consolidaram como serviços de saúde mental comunitários. Atualmente, segundo a portaria 3.088 de 2011 do Ministério da Saúde, são integrantes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) brasileira. Partindo desse pressuposto o CRP SP buscou nessa edição do Jornal Psi, ancorado no III princípio fundamental do nosso Código de Ética, reafirmar nosso compromisso social e de forma crítica explicitar os ataques sofridos pelas políticas sociais brasileiras, demonstrativo explícito de seu processo de desmonte. Nossa reportagem de capa aprofunda a discussão do ataque realizado à maior política social brasileira, o Sistema Único de Saúde (SUS). Concebido em meio à luta pela redemocratização brasileira durante os anos de Ditadura Militar o SUS, assim como a Reforma Psiquiátrica Brasileira, foi originado devido a um processo de construção social amplo representado pelo Movimento da Reforma Sanitária. (Continua na versão digital)