Jornal do CRP / 06 / O imposto não ameaça mais
Área
COMUNICAÇÃO SOCIALProcesso
Processos de ComunicaçãoDate
1981-03Author
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - 6ª Região
Metadata
Show full item recordAbstract
O espectro do Projeto Jullanelll que tanto ameaçou nossa categoria continua solto. Veementemente repudiado por nós, anda causando novos assombramentos como Já fazia antes mesmo de estar travestido no projeto de lei 2726. A última, foi a proibição de dedução do Imposto de Renda dos serviços prestados por psicólogos. Por sabermos o perigo que Isso representava para a categoria, o CRP-06 tomou a Iniciativa de convocar todos os CRPs e, depois da reunião com o CFP, levamos nossas ponderações à Receita Federal. Foi Incrível a simplicidade com que se Ignorou uma categoria profissional reconhecida por lei e, portanto, cadastrada no Ministério do Trabalho. Entender como dedutível apenas o pagamento do trabalho realizado com deficiente físico e/ou mental ó restringir multo o reconhecimento das necessidades humanas. É preciso acabar de uma vez com a concepção de que a psicoterapia é um atendimento aos "problemas existenciais". É preciso que as Instituições de nosso país se compenetrem de que nos dedicamos ao alívio do sofrimento humano, fato que deve ser considerado Importante mesmo quando a luta pela sobrevivência humana é maior. Por outro lado, não se pode discriminar os psicólogos que atendem pacientes com deficiências físicas e/ou mentais daqueles que se dedicam a outro tipo de clientela. Estranhamos, ainda, a exigência de laudo módico sobre as condições de saúde psíquica se, por lei, esta é atribuição privativa do psicólogo. A Receita Federal desconheceu legislação previamente firmada. O CFP levou a Receita nossos pontos de vista. Eles foram acatados. A partir do próximo ano (na declaração de 1982, ano-base 1981), o contribuinte poderá abater de sua renda bruta na declaração do Imposto de Renda as despesas com psicólogos. De mais a mais, preocupam-nos as ameaças constantes que o psicólogo clínico vem sofrendo nas diferentes relações de trabalho que mantém — esteja ele vinculado a convênios, seja funcionário público ou autônomo. Os episódios recentes mostram que ó fundamental que a categoria esteja atenta aos "Jullanellls"de nosso dia a dia e taça chegar ao Conselho seus problemas para que, Juntos, possamos lutar pelo melhor atendimento ao público e por condições dignas do exercício de nossa profissão.
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- CRP SP [255]