Jornal do CRP / 06 / Em Santos, a atuação do CRP
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Área
COMUNICAÇÃO SOCIALProcesso
Processos de ComunicaçãoDate
1981-01Author
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - 6ª Região
Metadata
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Pretendemos apresentar, aqui. A linha básica de trabalho que propomos para o CRP-06. Este ê o primeiro contato que a chapa eleita para este Conselho tem com os psicólogos da 6ª Região, através deste jornal. Vivemos um momento político onde setores representativos da sociedade
civil começam, graças ao resultado de grandes lutas, a promover uma ampliação do seu espaço político. E é a partir desse contexto que
precisamos a direção que pretendemos imprimir ao Conselho: vale dizer, uma participação politica. Isto não significa, evidentemente, vincular o
Conselho ã esfera político-partidária. Significa recuperar o sentido etimológico de politico, ou seja, a possibilidade de poder estabelecer junto com os psicólogos um ponto de vista critica racional sobre a coletividade: o direito de poder se opor, de poder questionar as condições nas quais somos chamados a intervir; em suma o direito de poder participar nas decisões que nos afetam Mas para obtermos essa participação politica, e preciso estabelecer uma solidariedade concreta entre os psicólogos. Sem essa solidariedade somos impotentes, incapazes de resolver
os problemas que nos afligem A existência do Conselho não garante, por si só, essa solidariedade: o Conselho envolve, apenas, uma aglutinação
formal e, nesse sentido, ele ó um órgão burocrático, imobilizador e imobilizante. Se ele se restringe a essa prática, permanece no controle
de poucos e transforma-se mesmo contra sua vontade, num órgão totalitário A existência de uma solidariedade concreta e permanente criará condições para que possamos vencer as agressões existentes contra o presente Código de Ética, as condições inadequadas
de exercido profissional, as utilizações indevidas da Psicologia, projetos tipo Julianelli. etc.Como tornar viável essa solidariedade?
Transformando o Conselho em um órgão onde não há a imposição de uma vontade sobre as outras, criando condições para que todos os psicólogos unam suas forças, partilhem o seu trabalho e tomem as medidas adequadas para a realização das tareias que
forem surgindo. Desta forma. o Conselho refletirá da maneira mais liei possível a influência de todos os pontos de vista presentes entre os psicólogos. È evidente que estaremos partilhando o poder que emana do Conselho mas com isso estaremos permitindo
e possibilitando aos psicólogos que tomem decisões, que influam sobre aquilo que afeta direta ou indiretamente a sua existência profissional.
Desejamos que o psicólogo se torne um dos agentes de transformação no processo social e, nesse sentido, e imprescindível que ele este/a
a t e n t o á realidade brasileira, para orientar a sua prática no interesse daqueles que dela necessitam. Estaremos plenamente recompensados no momento em que os psicólogos unidos orientarem todas as suas condutas na direção que proporcionar uma melhor atuação profissional
da categoria — que. neste momento, deixara de ser uma abstração para se tornar concreta — a partir de uma prática coletiva e cotidiana, voltada
para as necessidades da maioria da população brasileira
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- CRP SP [255]